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Turistando em São Paulo: o MASP e Tarsila do Amaral

01.05.2019
Esse blog nasceu em há muitos, muitos anos. Preciso, inclusive, checar a data para dar a ele uma celebração de aniversário com tudo que ele merece. Mas, apesar de não lembrar a data com certeza, de uma coisa eu me lembro como se fosse hoje: o sentimento. Na madrugada daquela quinta-feira eu estava inquieta, querendo continuar escrevendo, continuar fotografando, continuar compartilhando. 
Mas os meus antigos canais já não tinham mais a minha cara naquele turbilhão de transformações pelos quais eu passava. Não que eu não tenha enfrentado outras tantas transformações ao lado do MP. Mas aqui é diferente. Acho que essa nossa casinha virtual foi um super acerto no que fala ao meu coração. É um pedacinho de mim e que nasceu para receber outros tantos pedacinhos, visões, experiências, aprendizados. Compartilhar: essa foi sempre a palavra que norteou meu trabalho e minhas vontades relacionadas aqui. 
E é exatamente por isso que, hoje, no primeiro post do mês de aniversário desse cantinho que eu amo tanto, que vim compartilhar com vocês esses pensamentos, além de também um roteiro do amor que fiz nesse dia de turista em SP. Hoje, o blog retoma de vez o formato de diário de compartilhamentos. Espero que sigam comigo rumo aos 15, 20, 30, 50 anos de canal.
Pois enquanto faz sentir, faz sentido. 😉 
Eu já havia tentado ir conferir a expo de Tarsila do Amaral lá no MASP duas vezes antes de hoje. Duas tentativas em vão pois o museu está recebendo mais gente do que acho que já vi em 30 anos de minha vida. Então já vou começar esse post dizendo que aqui vale a mesma regra de grandes atrações turísticas em qualquer lugar do mundo: reserve seu ingresso online com antecedência. Assim, você evita as grandes filas, entra num horário planejado e ainda consegue aproveitar muito mais seu dia. 😉
Você pode reservar seu ingresso para o MASP diretamente no site do museu: https://masp.org.br – o valor da inteira é atualmente, R$40 e você ainda vai pagar 10% da taxa de conveniência mas, acho que vale bem a pena. Tem outros valores para quem é estudante de arte, por exemplo. Vale conferir lá no site deles certinho. 😉
Marquei meu horário de entrada para 12h (era o primeiro horário do feriado com ingressos disponíveis quando acessei para comprar e achei justo com meu sono – afinal, feriado! rs).
Cheguei à Paulista 11h33 e fiquei com receio de parar no Starbucks para pegar um café e acabar me atrasando, por isso segui direto para o museu afim de procurar a entrada correta dos que tinham ingresso reservado e fazer tudo com a calma e a paz que eu tinha decidido que norteariam meu dia. 
A fila de quem já comprou é a primeira lá do fundo do vão do MASP, a mais próxima da mureta. E eu tive minha entrada liberada exatamente às 11h59. Achei bem organizado no fim das contas. 😛
Ao entrar no museu você dá de cara com o guarda-volumes ao lado do elevador. Ah! Isso é importante citar: você pode guardar sua mochila para visitar tudo com a leveza necessária para apreciação e também pode levar seu acompanhante de mobilidade reduzida (caso o tenha) pois todos os andares do museu são servidos de elevador – ajuda super quem está com criança pequena ou idosos, por exemplo.

No primeiro andar do MASP há um pequenino café que pode ser sua salvação – como foi a minha. O café é caro como seria de esperar de uma grande atração turística mas, eles aceitam todos os cartões – incluso vale refeição! 😉

A exposição de Tarsila está logo no primeiro andar e conta até com uma lojinha especial para ela, também nesse mesmo andar. Como é a novidade do momento, há fila para acessá-la e lá também vão separar quem comprou a visita com horário marcado – ponto pra galera do planejamento, de novo! 
Passei uns 10 minutos nessa fila depois de tomar meu café com calma e já fui convidada a entrar na sala. Aqui outra dica válida: a visitação é livre e você pode ir e vir quantas vezes quiser. Então por questões de logística, já passei reto a primeira área, deixando-a para um momento mais propício. Agora, um pouquinho do que selecionei e que me encantou em Tarsila Popular: 

Da esquerda pra direita, de cima para baixo: 
– Retrato de Mário de Andrade (1922)
– Figura em Azul (1923)
– Operários (1933)
– Vendedor de Frutas (1925)

Eu fiquei um bom tempo encantada com essa obra da Tarsila que eu não conhecia. Veja bem, não que eu seja uma expert em arte mas, algumas ali me lembraram muito as aulas do colégio e alguns livros. Essa, Carnaval em Madureira, me fez rir. Obviamente sabia que a artista havia estudado em Paris por conhecer um mínimo da sua história mas, por se tratar de uma artista dedicada à representar brasilidades, jamais esperei encontrar uma Torre Eiffel representada em suas obras. 
E é bem aí que se encontra o que mais me fascina na arte: a história por trás de cada peça, cada tela, cada qualquer coisa que o artista conceba. 
Resumidamente a história desse quadro é que no ano de 1924, Tarsila foi ao Rio com amigos para o carnaval e ao chegar no bairro de Madureira s deparou com uma réplica da torre feita em madeira, por um comerciante e cenógrafo que lá morava e que a fez para promover as festividades de rua naquele ano. Louco ou não, fato é que Tarsila decidiu representar a cena em seu quadro e eu fiquei ali admirando esse mix de carnaval, cores, brasileiros e a dama de ferro. 

Subindo para o 2º andar do museu, você vai encontrar o acervo em construção do MASP, com obras que vão de Renoir a artistas contemporâneos. Acima destaquei algumas obras que gosto bastante e que trazem, cada uma delas, alguma reflexão implícita ou explícita mesmo. 😉 
Já descendo ao 1º subsolo você pode conferir a mostra sobre Lina Bo Bardi – que também já foi diretora do MASP, inclusive e de Djanira no vão, que fica próximo ao restaurante do museu – que atualmente se encontra fechado para obras -, uma pena. 

É nesse andar também que você encontra a biblioteca para estudos, outro café (esse um pouquinho maior que o do 1º andar) e uma lojinha do Museu com livros e souvenires diversos. 

O passeio fez meu dia – literalmente. Gosto muito de marcar esses encontros comigo mesma em que me levo para fazer algo assim, que alimenta a alma. E vocês? 

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